segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fórum das ADs se reúne com secretário de educação e exige negociação com o governo



Após aproximadamente 60 dias esperando uma audiência com o secretário de educação e um dia depois a manifestação na lavagem do Bonfim, no qual os docentes voltaram a denunciar os péssimos salários recebidos pelo governo Wagner, os representantes das associações docentes conseguiram se reunir com o secretário de educação Oswaldo Barreto a fim de, discutirem a pauta salarial e cobrarem respostas para as demais reivindicações feitas pela categoria docente em reuniões anteriores.

Alegando novamente a falta de verbas, o secretário de educação, mais uma vez, argumentou as dificuldades financeiras, ressaltando o ensino básico como principal prioridade. “Nós estamos com uma cota estrangulada que não pode ultrapassar os limites, além disso, as Universidades não devem reivindicar privilégios que a educação básica não teve”, diz Barreto.

O diretor do ANDES-SN, Cristiano Ferraz, presente à reunião, deixou claro que o movimento Docente não quer privilégios: “Nós temos sensibilidade e clareza para entender que o governo tem dificuldades. Não queremos privilégios, mas precisamos saber se podemos negociar ao longo dessa campanha. Precisamos que o governo nos apresente pelo menos uma agenda de negociação”, solicitou Ferraz.

O coordenador do Fórum das Associações Docentes e presidente da ADUSB, Alexandre Galvão, apresentou os motivos e justificativas da atual campanha e replicou os argumentos do secretário em relação à falta de verbas: “A categoria não consegue entender as informações dadas pela Secretaria de Educação como a falta de recursos. O próprio governo faz questão de mostrar para a sociedade e a mídia que o quadro econômico está melhorando e, no entanto alega não poder resolver os problemas do ensino superior por falta de verbas”, argumenta Galvão.

Galvão aproveitou a reunião para demonstrar a insatisfação da categoria em relação aos ataques do governo aos direitos trabalhistas dos docentes, particularmente àqueles relacionados com as progressões e mudança de regime de trabalho. “Também não entendemos porque o governo continua vetando a contratação de professores substitutos, a progressão na carreira e a mudança de regime de trabalho ferindo o próprio estatuto do magistério, o que vem gerando um enorme incomodo no seio da categoria. Esperamos que o governo esteja aberto para o dialogo, porque estamos dispostos a intensificar nossa campanha salarial junto à mídia”, acrescenta.

Sem apresentar nenhuma resposta concreta ao movimento, o secretário se comprometeu apenas a marcar uma nova reunião com os representantes dos docentes, após conversar com o secretário da Administração e apresentar-lhes as reivindicações do movimento docente.

Por fim, os professores solicitaram da CODES uma reunião com a presença da SAEB, a fim de, buscarem respostas para os processos de progressão e mudança de regime de trabalho.

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