sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fórum das ADs avalia conjuntura política e discute a greve




O Fórum das Associações Docentes (ADUSB, ADUSC, ADUFS, ADUNEB e ANDES-SN) reuniu-se na tarde desta segunda, 24 de maio, na sede da Aduneb, em Salvador com o objetivo de avaliar questões relacionadas à conjuntura política além da postura do governo quanto à pauta salarial.

Inconformados com o tratamento ao qual o governo vem dando ao Movimento Docente – MD, o Fórum fez sérias críticas e resolveu adotar posturas mais contundentes que denuncie o desdém que o ensino superior vem sofrendo. Dessa forma, os representantes decidem levar para suas bases o esclarecimento quanto ao terno apresentado pelo governo, onde registra e evidência o descompromisso de Wagner com a educação superior na Bahia. “Embora saibamos as implicações que uma greve pode nos causar, agora mais do que nunca precisamos dar respostas políticas e arregaçar as mangas, para mostrar ao governo que não estamos brincando”, argumenta o Fórum das ADs.

A proposta é que as ADs mantenham o indicativo de greve ou passem para o estado de greve - decisão a ser tomada nas próximas assembléias. Além disso, o fórum aprovou um novo calendário de atividades, sendo previsto Ato Público em Salvador, visita à ALBA, além de assembléias gerais unificadas que pressionem ao governo a tomar um posicionamento favorável ao MD.

Calendário de Mobilização

27/05 – Assembléia Geral da ADUFS
31/05 – Reunião com o Fórum dos Reitores
01/06 – Assembléias Gerais (ADUSB/ADUNEB/ADUSC)
02/06 – Protocolar documento na SEC com resultados das Assembléias
08/06 – Paralisação com Ato Público no Iguatemi – Salvador
08/06 – Visita à Assembléia Legislativa (ALBA)
08/06 – Reunião Extraordinária do Fórum das ADs
09/06 – Novas Assembléias Gerais Unificadas

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Governo não negocia e Movimento Docente se sente desrespeitado




Ao contrário do que se esperava a reunião ocorrida ontem, pela manhã (24 de maio) na Secretaria de Educação, causou total revolta por parte do Movimento Docente – MD, uma vez que o governo não cumpriu sua palavra e também não apresentou nada de concreto para a pauta: Campanha Salarial 2010 (protocolada no dia 25 de novembro de 2009).

Os únicos representantes do governo, Clóvis Caribé (CODES) e Adriano Trombone (SAEB), presentes na reunião, apenas apresentaram um documento, propondo instalar, após o período eleitoral, uma mesa setorial de negociação para 10 de novembro de 2010 (um ano após a proposta do MD reivindicando a Incorporação da CET).

Segundo o coordenador do Fórum das ADs e presidente da Adusb, Alexandre Galvão, o governo não se propôs a negociar já que o “Termo de Descompromisso” não apresenta nada de concreto. “Esse documento é um desrespeito a comunidade acadêmica. O governo continua usando as velhas desculpas, mesmo após termos apresentado estudos e dados que desmascaram esses argumentos. É preciso que o governo saiba que o indicativo de greve está aprovado nas quatro Universidades Estaduais da Bahia e que não estamos brincando”, afirma Galvão.

Após cobranças e indagações por parte do Fórum das ADs, os representantes do governo tentaram argumentar. “Estamos expondo nosso limite prudencial e nada podemos fazer, já que se abrirmos negociação com uma categoria seremos forçados a abrir com todas”, diz Condé.

Dessa forma, o MD entende essa atitude como uma forma de total descomprometimento. “Esse acordo é uma negação a autonomia universitária. O governo não só não atende nossas reivindicações como também quer que o MD assine a negação de nossa autonomia. Isso é uma provação que vamos responder a altura. Não cumprimos o simples papel de leva e traz, temos a tarefa política de defender nossos interesses. Não solicitamos um encontro, solicitamos que nossas negociações fossem iniciadas”, desabafa Maslowa Freitas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Governo não apresenta propostas de negociação ao Movimento Docente - MD



Após seis meses de início da Campanha Salarial 2010, após solicitações constantes do MD em tentar conversar com o governo, após paralisações, panfletagens, idas a imprensa, envio de ofícios, instalações de outdoor e busdoor denunciando o descaso do governo com a educação superior, após quatro anos de espera pelo cumprimento das promessas feitas em período de eleição e só após a provação do indicativo de greve nas quatro Universidades Estaduais da Bahia, o governo resolve receber os representantes dos docentes e técnicos nesta sexta (14).

A reunião com o propósito de discutir Campanha Salarial; promoção e progressão; mudança de regime de trabalho, lei 7176 e outras pendências, não solucionadas pelo governo nesses quatro anos de mandato, contou com presença dos reitores, o coordenador da CODES (Coordenação de Desenvolvimento de Educação Superior), Clóvis Caribe e dos representantes da SAEB (Secretaria da Administração do Estado da Bahia) e SERIN (Secretaria de Relações Institucionais), representantes dos técnicos, representantes do ANDES – SN e Fórum das ADs.

Já o secretário de educação Oswaldo Barreto não compareceu e a reunião não avançou, deixando uma incerteza quanto ao futuro da Campanha Salarial, já que os representantes do governo, mais uma vez, usaram a velha desculpa do limite prudencial e do período eleitoral. Para eles, essas duas questões impedem do governo negociar com o MD. “Podemos voltar a negociar após a finalização do período eleitoral”, propõe o representante da SAEB Adriano Trombone.

Indignados com essa posição os representantes dos docentes argumentaram. “Protocolamos um documento em novembro de 2009 com a solicitação da incorporação da CET de 70%, tempo suficiente para que o governo fizesse um estudo e também apresentasse sua contraproposta. O que vocês propõem é um congelamento até o termino das eleições. Não vamos esperar o período eleitoral para negociarmos, a culpa não é nossa, vocês estão sendo responsáveis pelo enfrentamento direto com o governo”, disse o diretor da ADUFS e membro do Fórum das ADs, Jucelho Danta.

Assim como o professor Jucelho, o professor, e presidente da Adusc e representante do Fórum das ADs, Valter Silva também inconformado, informou ao governo que as quatro universidades já aprovaram um indicativo de greve e que dia 27 de maio acontecerão assembléias unificadas. “É uma vergonha estarmos perdendo tantos professores qualificados, muitos até doutores por conta de salários defasados”, desabafa Silva.

Já sobre a questão da progressão e promoção e mudança de regime de trabalho, Clovis Caribe afirmou que todos os processos já foram aprovados e pagos e que não há nenhuma pendência na Codes e nem na Saeb. “Montamos um calendário junto aos reitores até junho deste ano, onde todos os processos de 2010 serão resolvidos”, afirmou Clóvis.

Após essa informação, o coordenador do Fórum das ADs e presidente da Adusb, Alexandre Galvão fez uma intervenção. “O governo continua informando que os processos já estão resolvidos, contudo não é isso que se vê nas Universidades, uma vez que muitos professores estão com pendências em relação a esses processos. Além disso, o governo precisa estar atento de que o Movimento Docente não está brincando e que vamos nos mobilizar caso nenhuma proposta nos seja apresentada antes da assembléia unificada”, conclui Galvão.

Fórum das ADs discute indicativo de greve e estratégia de negociação


Com a necessidade de ampliar as discussões sobre o andamento da Campanha Salarial 2010, o fórum das ADs (ADUSB, ADUSC, ADUFS, ADUNEB e ANDES-SN) se reuniu nesta sexta (14.05) na sede da Aduneb, em Salvador.

Em conjunto os professores fizeram abordagens sobre o indicativo de greve aprovado nas quatro universidades e avaliaram formas de articulações para com o governo. Em síntese, o coordenador do Fórum das ADs e presidente da Adusb, Alexandre Galvão abordou questões como o andamento da Campanha Salarial e demais problemas ainda não solucionados pelo governo. “Em nome de uma crise, que o próprio governo diz que já superou, ele tem massicamente atacado os direitos trabalhistas da categoria e a autonomia universitária. Uma política que muito se aproxima dos governos neoliberais. Wagner tem feito uma política de contingenciamento que tem atingido de forma violentíssima a autonomia da universidade”, enfatiza Alexandre.

Dessa forma, o Fórum das ADs manifestou a importância da veiculação de informes na mídia televisiva como forma de alertar a população contra o descaso e o desrespeito que o governo da Bahia vem dando ao ensino superior. “Chegamos ao nosso limite de espera, diante de um ano eleitoral, que por si se impõe em um prazo ainda mais estreito. O governo não nos chamou para discutir a lei 7176 e nem nos atendeu.

Precisamos deixar claro que a deflagração da greve também é responsabilidade de um governo, uma vez que ele não se propõe a negociar, levando o Movimento Docente a se mobilizar”, informa a professora e diretora da Aduneb Maria do Socorro.

Além dessas discussões, os representantes foram informados pela diretoria da Adufs, que os reitores haviam se negado a assinar um documento em conjunto, proposto pelo Fórum, alegando que a linguagem utilizada era estritamente sindical, se comprometendo apenas a reformular o texto para que as assinaturas fossem cedidas.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Professores das Universidades Estaduais da Bahia serão recebidos pelo governo



Diante das mobilizações feitas pelo Movimento Docente – MD, frente aos graves problemas das Universidades Estaduais da Bahia, o governo resolveu atender a solicitação de audiência, marcando-a para amanhã (14/05), às 14 horas, na SEC – Secretaria de Educação.

A assembléia contará também com a participação do Fórum dos Reitores, Fórum das Associações Docentes, representativas ANDES-SN e dos técnico-administrativos (SINTESTs) e terão como pauta de discussão questões como Campanha Salarial 2010, processos de promoção/progressão e mudança de regime de trabalho, enquadramento dos técnico-administrativos e a Lei 7176/97.

A expectativa é de que o governo apresente propostas para a incorporação da CET e demais reivindicações das categorias presentes.

Segundo o coordenador do Fórum das ADs e presidente da ADUSB, Alexandre Galvão, o governo tem demonstrado, nos últimos dois anos, total descaso com o Estatuto do Magistério. "Wagner desrespeita a categoria e por isso é necessário reagirmos imediatamente. Precisamos nos unir de forma incisiva nessa luta, que tem uma grande importância para a comunidade acadêmica", diz Galvão.

UNEB paralisa nessa sexta

Paralelo a reunião com o governo às 14h, professores, técnicos e alunos da UNEB farão uma manifestação em frente a SEC a fim de, cobrarem do governo posições concretas sobre as questões que vem afetando o andamento do ensino superior baiano.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fórum das Associações Docentes se reúne com Fórum dos Reitores e discutem problemas das UEBA


A reunião com o Fórum das ADs e o Fórum dos reitores aconteceu na manhã desta sexta, 30 de abril, na UNEB – Campus I, tendo como propósito discutir questões como: campanha salarial, processos internos, orçamento, ações conjuntas, além dos demais problemas das Universidades da Bahia.

Os representantes do MD cobraram dos reitores um posicionamento público como: a participação de uma coletiva na imprensa, a assinatura de um documento e a solicitação de uma reunião conjunta com representantes do Governo para cobrar providências quanto aos vários problemas das Universidades Estaduais da Bahia - UEBA, principalmente os relacionados à Campanha Salarial dos docentes.

Como resposta, os reitores apenas se dispuseram a solicitar e participar de uma reunião coletiva (governo, técnicos e docentes) pré-agendada para sexta, 7 de maio. Já em relação as demais ações cobradas pelo Fórum das ADs, eles apenas se propuseram a analisaras as propostas do Movimento Docente.

Não satisfeito com a posição dos reitores, o diretor da Adusc, Valter Silva explicita a importância de um posicionamento também por parte dos Conselhos Universitários. "É preciso que os Conselhos Universitários se posicionem sobre a atual situação das UEBA, pois não podemos aceitar que o governo ataque a autonomia universitária dessa forma”, argumenta Silva.

Quando questionado sobre o andamento dos processos de progressão e promoção os reitores informaram, aos docentes presentes, que uma audiência com o governo foi solicitada a fim de discutir as tramitações internas no intuito de obterem uma resposta concreta quanto ao assunto. “Todos os dias surgem novos adendos de reajustes quanto à documentação do quadro de processos e promoção. Ouvi verbalmente do coordenador da Codes, Clovis Caribé, que o governo iria resolver essas pendências, contudo está havendo uma série de desencontro nessas informações, uma vez que esses processos ainda não foram resolvidos”, explica o reitor da Uefs, José Carlos Barreto.

E quando o assunto se pautou em torno da questão orçamentária os representantes do MD foram surpreendidos com a notícia de que, pela primeira vez na história das Universidades Estaduais da Bahia, o governo suprimiu recursos da fonte 61, deixando as Universidades sem cumprir suas obrigações no ano de 2009, ocasionando assim uma série de problemas que atingiram profundamente a comunidade acadêmica bem como o bom funcionamento das UEBA.

Segundo o presidente do fórum dos reitores, Abel Rebouças o ano de 2009 foi o único ano em que as quatro Universidades Estaduais da Bahia não tiveram suplementação de recursos. “Houve uma suplementação também da fonte 14 no ano anterior. Com isso, nós tentamos antecipar o pedido de suplementação e fomos informados da impossibilidade de adquirirmos esse recurso. Desta forma, ficamos com atraso em obras por essas questões, embora estejamos tentando regularizar esses fluxos orçamentários”, informa Abel.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Paralisação das UEBA mobiliza comunidade acadêmica



A paralisação dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia – UEBA – ocorrida nesta terça (28 de Abril) durou 24 horas e contou com o apoio de estudantes e funcionários da UEFS, UESC, UESB e UNEB, além da sociedade, também incomodada com o descaso do governo em relação ao ensino superior.

Pela manhã, a comunidade acadêmica se direcionou até a governadoria (CAB) em Salvador, a fim de cobrar do governo uma posição quanto aos diversos problemas enfrentados pela UEBA ao longo desses anos, bem como, cobrar as promessas feitas por Wagner no inicio do mandato.

Mas, como já se esperava, a falta de professores, funcionários, salas de aulas, laboratórios, residência, refeitório estudantil, dentre outras ausência de infra-estrutura, para o bom funcionamento das Universidades Estaduais da Bahia não foi o suficiente para quebrar o silêncio do governo, que por outro lado se mantém passivo principalmente às reivindicações dos docentes, quanto ao desrespeito à autonomia universitária, suspensão das solicitações de alteração de regime de trabalho, incorporação da CET – Condições Especiais de Trabalho) e arrocho salarial.

Diante dessa passividade, que tanto incomoda a comunidade acadêmica, os docentes trouxeram à tona a discussão de indicativo de greve, tema que já está sendo tratado nas assembléias das Universidades.

“Este governo não dá a devida prioridade à educação superior e não reconhece a importância das UEBA em termos da contribuição que elas vêm dando ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do estado. Ao contrário, usa o argumento da falta de recursos para mascarar a sua política de priorizar os setores privados e secundariza o atendimento das demandas do setor público. Assim, professores, estudantes e funcionários das universidades como vem ocorrendo em vários outros pontos do país, não se submetem a essa política, e neste sentido estão mobilizados na perspectiva na construção de uma greve, caso o governo não abra negociação e não apresente respostas as nossas reivindicações”, argumenta a professora da UEFS e diretora do ANDES - SN, Maslowa Freitas.

Representantes dos docentes e técnicos administrativos são recebidos pelo governo

Em meio a protestos em frente à governadoria, o Fórum das Associações Docentes, após várias tentativas em falar com o governo, foi recebido na parte da tarde pelo coordenador da CODES, Clóvis Caribé e os coordenadores da SERIN (Secretaria de Relação Institucional) Marivaldo Dias e Meire Claudia.

Após tentativa de diálogo com representantes do governo e após explicar os motivos pelos quais levaram estudantes, técnicos e professores a se mobilizarem, o coordenador da CODES usou a velha desculpa de que o governo não poderá ultrapassar o limite prudencial bem como alega estar em ano eleitoral.

Inconformado com esse posicionamento, o diretor da ADUFS e membro do Fórum das ADs, Jucelho Dantas informa. “Os professores estão indignados com o descaso do governo e principalmente por sabermos que apesar da Bahia ser um dos estados mais ricos do nordeste, ainda assim, nós professores das Universidades Estaduais recebemos salários tão baixos e defasados. Queremos que o governo nos receba e se disponha a negociar conosco”, afirma Dantas.

Como resposta, Clóvis Caribé se comprometeu no prazo de quinze dias a viabilizar uma data para receber o Movimento Docente e outra data para conversar com os técnicos.

Professores das Universidades Estaduais da Bahia paralisam nesta quarta (28/04)



Indignados com o tratamento que vem sendo dado pelo governo às quatro Universidades Estaduais UNEB (Universidade do Estado da Bahia), UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) os representantes do Fórum das Associações Docentes, professores e técnico-administrativos decidiram, em suas assembléias, suspender as atividades acadêmicas nesta quarta (28).

Como forma de protesto, à comunidade acadêmica, incluindo também os estudantes, se reunirá em frente à Governadoria, no Centro Administrativo (CAB), a partir das 10 horas, a fim de denunciar o descaso de Wagner, além de cobrar soluções para os diversos problemas das Universidades Estaduais da Bahia – UEBA, como o desrespeito à autonomia universitária, suspensão das solicitações de alteração de regime de trabalho e, principalmente, arrocho salarial.

Situação das Universidades Estaduais da Bahia

A realidade nas Universidades tem se tornado cada vez mais caótica, na medida em que, cada vez mais se altera o quadro pela faltam de professores, servidores, salas, equipamentos, laboratórios, residências, restaurantes estudantis e muitos outros suportes para o devido funcionamento dessas instituições de ensino.

Além disso, a todo o momento, a autonomia universitária é atacada pelo governo Wagner e os professores continuam recebendo um dos salários mais baixos entre as demais IES (Instituições de Ensino Superior) nordestinas. A reivindicação de reajuste salarial se baseia principalmente em estudos e índices apontados pelo: Sistema Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

“Compreendendo o papel importante que as Universidades estaduais têm para a Bahia e o povo baiano, seus professores não podem se submeter placidamente à política que promove o seu sucateamento e que as mantém em crise permanente. A dedicação e o empenho da comunidade universitária não são suficientes quando as condições são tão adversas. Assim, a luta em defesa da sua qualidade é também expressão deste compromisso”, explicita o Fórum das Associações Docentes.

Fórum das ADs discute indicativo de greve



O Fórum das Associações Docentes (ADUSB, ADUSC, ADUFS, ADUNEB e ANDES-SN) reuniu-se nesta segunda, 26 de Abril, na sede da ADUSC, em Ilhéus, com o objetivo de avaliar questões relacionadas à conjuntura política e os rumos do Movimento Docente, tendo como abordagem principal o indicativo de greve nas quatro Universidades Estaduais da Bahia.

Após a análise de conjuntura e apresentação dos anseios e preocupações expostos pela base, os representantes do MD discutiram sobre o andamento das ações conjuntas, como as paralisações e a possível definição por uma greve, tendo como consenso a necessidade de se articularem de forma unificada a fim de que, mobilizações sejam feitas no intuito de pressionar o governo.

Para o Coordenador do Fórum das ADs e presidente da ADUSB, Alexandre Galvão, a necessidade de uma mobilização mais intensa torna-se necessária pois, mesmo após seis meses de início da nossa Campanha Salarial, o Governo Wagner ainda permanece em silêncio e passivo referentes às questões do ensino superior.

A partir das avaliações feitas e com base nos anseios da categoria, em obter respostas imediatas do governo, o Fórum deliberou por uma Paralisação unificada datada para 28 de abril, onde docentes, estudantes e técnicos se reuniram em frente a Governadoria em Salvador para manifestarem suas insatisfações ao governo Wagner.

Após a paralisação, os representantes do MD se reuniram com o Fórum dos Reitores, dia 30 de abril, a fim de discutir questões como orçamento, campanha salarial, processos internos e ações conjuntas. Os representantes do MD cobraram dos reitores um posicionamento público como: a participação de uma coletiva na imprensa, a assinatura de um documento e a solicitação de uma reunião conjunta com representantes do Governo para cobrar providências quanto aos vários problemas das Universidades Estaduais da Bahia, principalmente os relacionados à campanha salarial dos docentes.

Como calendário de reuniões e ações, o fórum das ADs agenda para o mês de maio:

• Dia 10 – visita à imprensa local e distribuição de uma carta aberta sobre indicativo de greve
• Ida a ALBA dia 11 de maio às 9h para cobrar dos parlamentares um posicionamento frente ao governo em relação à campanha salarial dos docentes
• Reunião extraordinária do fórum dia 11 de maio na ADUNEB (tarde)
• Reunião ordinária do fórum dia 22 de maio na ADUFS às 9h.
• Assembléia unificada dia 27 de maio para discutir sobre a greve.

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