terça-feira, 18 de maio de 2010

Governo não apresenta propostas de negociação ao Movimento Docente - MD



Após seis meses de início da Campanha Salarial 2010, após solicitações constantes do MD em tentar conversar com o governo, após paralisações, panfletagens, idas a imprensa, envio de ofícios, instalações de outdoor e busdoor denunciando o descaso do governo com a educação superior, após quatro anos de espera pelo cumprimento das promessas feitas em período de eleição e só após a provação do indicativo de greve nas quatro Universidades Estaduais da Bahia, o governo resolve receber os representantes dos docentes e técnicos nesta sexta (14).

A reunião com o propósito de discutir Campanha Salarial; promoção e progressão; mudança de regime de trabalho, lei 7176 e outras pendências, não solucionadas pelo governo nesses quatro anos de mandato, contou com presença dos reitores, o coordenador da CODES (Coordenação de Desenvolvimento de Educação Superior), Clóvis Caribe e dos representantes da SAEB (Secretaria da Administração do Estado da Bahia) e SERIN (Secretaria de Relações Institucionais), representantes dos técnicos, representantes do ANDES – SN e Fórum das ADs.

Já o secretário de educação Oswaldo Barreto não compareceu e a reunião não avançou, deixando uma incerteza quanto ao futuro da Campanha Salarial, já que os representantes do governo, mais uma vez, usaram a velha desculpa do limite prudencial e do período eleitoral. Para eles, essas duas questões impedem do governo negociar com o MD. “Podemos voltar a negociar após a finalização do período eleitoral”, propõe o representante da SAEB Adriano Trombone.

Indignados com essa posição os representantes dos docentes argumentaram. “Protocolamos um documento em novembro de 2009 com a solicitação da incorporação da CET de 70%, tempo suficiente para que o governo fizesse um estudo e também apresentasse sua contraproposta. O que vocês propõem é um congelamento até o termino das eleições. Não vamos esperar o período eleitoral para negociarmos, a culpa não é nossa, vocês estão sendo responsáveis pelo enfrentamento direto com o governo”, disse o diretor da ADUFS e membro do Fórum das ADs, Jucelho Danta.

Assim como o professor Jucelho, o professor, e presidente da Adusc e representante do Fórum das ADs, Valter Silva também inconformado, informou ao governo que as quatro universidades já aprovaram um indicativo de greve e que dia 27 de maio acontecerão assembléias unificadas. “É uma vergonha estarmos perdendo tantos professores qualificados, muitos até doutores por conta de salários defasados”, desabafa Silva.

Já sobre a questão da progressão e promoção e mudança de regime de trabalho, Clovis Caribe afirmou que todos os processos já foram aprovados e pagos e que não há nenhuma pendência na Codes e nem na Saeb. “Montamos um calendário junto aos reitores até junho deste ano, onde todos os processos de 2010 serão resolvidos”, afirmou Clóvis.

Após essa informação, o coordenador do Fórum das ADs e presidente da Adusb, Alexandre Galvão fez uma intervenção. “O governo continua informando que os processos já estão resolvidos, contudo não é isso que se vê nas Universidades, uma vez que muitos professores estão com pendências em relação a esses processos. Além disso, o governo precisa estar atento de que o Movimento Docente não está brincando e que vamos nos mobilizar caso nenhuma proposta nos seja apresentada antes da assembléia unificada”, conclui Galvão.

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