terça-feira, 10 de novembro de 2009
Fórum das ADs avalia e discute o descaso do governo
A ultima reunião ordinária do Fórum das ADs (encontro mensal das associações dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia), realizada nesta quarta, 21, na sede da ADUNEB, em Salvador, contou com a presença dos diretores da ADUSB, ADUSC, ADUFS e ADUNEB para discutir os rumos do movimento docente baiano.
Questões como: avaliação do dia dos professores, avaliação do seminário de orçamento, reunião com secretário de educação, além dos rumos futuros do movimento, como campanha salarial, foram os temas principais dessa reunião.
Após a fala do coordenador do Fórum das ADs Alexandre Galvão abrindo a reunião, o professor e diretor da ADUSC, Valter da Silva, se posicionou alertando e informando os demais para o “golpe de empréstimo consignado”, que está sendo aplicando em sua unidade e que por conta disso, irá gerar uma ação política de sua AD a fim de banir o golpe.
Ainda dentro dos informes os representantes dos docentes falaram sobre as atividades do dia dos professores em suas unidades, avaliando em sua maioria como positivas. “A ADUFS realizou um seminário sobre os impactos do trabalho acadêmico na saúde do docente, e apesar de ter um numero pequeno de professores, foi algo muito esclarecedor e importante”, diz Jucelho Dantas.
Além da comemoração do dia dos professores, o Fórum dos docentes em consenso, avaliou de forma positiva e proveitosa o seminário sobre orçamento, realizado no dia anterior. Alexandre Galvão por sua vez salientou. “Considerei o seminário positivo, pois entendemos e compreendemos melhor o orçamento e o financiamento das UEBA, municiando-nos de informações preciosas para a discussão com o governo.”, diz Galvão.
O Fórum então chegou a conclusão que seria necessário continuar os estudos sobre orçamento e após votação, foi aprovado a criação de um GT verba/carreira onde cada AD indicará um representante para o andamento desse estudo. A ADUSC indicou o professor Wagner José e a ADUFS o professor Gean, ficando a ADUNEB e ADUSB com um prazo de 30 dias para indicarem seus representantes.
Reunião com secretário de educação: anterior a reunião com secretário Osvaldo Barreto, os representantes dos docentes discutiram sobre as estratégias de diálogo com o governo, com o objetivo de “afinar” o discurso com as outras entidades que iriam participar da reunião.
Nesse contexto, o professor Jucelho Dantas (ADUFS) compartilhou a informação (passada pelo reitor José Carlos) de que o secretário de educação não iria avançar no que diz respeito a pauta emergencial apresentada há 51 dias.
Indignada com essa informação a professora Maria do Socorro (ADUNEB) diz: “O secretário mudou, mas a política do governo é a mesma, diante disso, não sei que tipo de interlocução a gente vai ter com o secretário, que sequer cumpriu o prazo estabelecido de um mês, agora a gente já sabe que não vai haver nenhuma ampliação no quadro de vagas. Era a crise, a justificativa do governo e agora que a crie se estabilizou precisamos de uma justificativa plausível para entender o porquê de tanta mesquinhez”, desabafa Socorro.
Em conjunto, os professores alertaram para o fato da protelação do governo quanto à resolução dos problemas das UEBA. “Desde 30 de março que ouvimos promessas, que se prolongaram para 30 de abril, 30 de julho, 30 de setembro e até agora nada. Sempre no dia 30 de cada mês, o governo promete enviar à AL a proposta de revogação da lei “7176”, contrapõe o Fórum das ADs.
O fórum deliberou que registraria sua inconformidade em relação ao veto da presença de representantes do ANDES –SN bem como, a falta de vontade política por parte do governo, em priorizar a pauta emergencial e demais itens frustrando a comunidade acadêmica. “Esperamos que o governo arque com o prejuízo desse descaso”, afirma Galvão.
Nesse contexto o professor Jucelho (ADUSF) lamenta. “Essa é a capacidade que o governo tem em nos surpreender negativamente”.
Campanha salarial: após discussão sobre o melhor encaminhamento da campanha salarial ficou deliberado que na a próxima reunião do Fórum, representantes das ADs, apresentariam propostas de calendário e reflexões sobre a estratégia da campanha. “O mais importante é estabelecer um calendário e a partir disso discutir: quais os caminhos a serem adotados, trabalhar a partir de índices, estabelecer a lógica da comparação”, diz Alexandre Galvão (ADUSB).
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